sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Faxina



Não é um grande ato, mas foi o que eu encontrei. Percebi que era preciso fazer faxina na casa, e que não adiantava mais esconder a sujeira debaixo do tapete. Era preciso ter vontade e disposição. Joguei no lixo a preguiça e me comprometi ao desapego.  Esvaziei as gavetas de velhos discursos e rasguei fotografias sem medo.  Abri as gaiolas e deixei ressentimentos irem. Esvaziei os bolsos da culpa e deixei o orgulho ir embora pelo ralo. Dei roupas velhas, e me vesti de coragem.  Arrumei a telha quebrada e troquei a lâmpada queimada. Coloquei fogo em cartas e guardei outras com carinho. Abraços de papel guardados e declarados em cada linha, na minha gaveta arrumada e limpa. Vasculhei os meus labirintos até o fim, e varri pra fora todos os sentimentos desnecessários. Não é um grande ato. Ou é? Já não sei mais. Entendam-me, pois, quando o amor entra na casa, não sobra espaço pra mais nada. 

Helen Ariane.

2 comentários:

Yasmine Feltrin disse...

ai to precisando faxinar aqui também!

MUAH!*:

Cinthia Paiva disse...

A marinete manda beeeijos acho DIGNO!

Te amo moona tamo junto =]