sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Vida polida


     Todo esse tempo de dor que passei por aí, todo esse tempo eu quis cometer loucuras, derrubar meus castelos de areia e gritar bem alto sobre minha carência.  Que ingenuidade essa a minha, viciada em mudanças impossíveis e utopias desenfreadas. Talvez esse seja o meu pior defeito. Todo esse tempo de dor que passei por aí, foi bom pra aprender que o melhor remédio é a escrita e o melhor amigo é o silêncio. Não tenho paciência com pessoas, prefiro meus cachorros, eles latem, não falam asneiras e não atacam minha gastrite nervosa. Todo esse tempo de dor que passei por aí, me ensinou a valorizar o amor, meu amor de rotina. Sem rodeios, nem desculpas, apenas amor. Não existe vida sem rotina e eu não existo sem amor. Meu amor.

     Como dizia Vinicius, “é melhor ser alegre que ser triste”, então, vou sufocar toda dor e me educar, aprender a ser feliz. A vida é cruel, mas eu desisti de me preocupar, não vale uma lágrima. Entende isso? Não vale o sacrifício. Não vale a pena...  

Um comentário:

Tati Tosta disse...

"Não tenho paciência com pessoas, prefiro meus cachorros, eles latem, não falam asneiras e não atacam minha gastrite nervosa"

Também prefiro os cachorros. Em um dos meus momentos mais difíceis de transpor, eu ganhei um cachorro. Abandonaram ele na porta da minha casa. Ele foi quem salvou a minha vida!