quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fim



Mais um fim de ano com festas e piscas. Não entendia o porquê de tanta gente não gostar de fim de ano, mas hoje, tudo faz sentido. O passado e o presente vêm como uma rasteira nos transformando em pó. Esperamos festejar com pessoas que já não existem, ou não estão pra nós. Percebemos que as palavras não foram ditas, as viagens canceladas, os sonhos não foram alcançados... A nossa vida quebra como um vidro. Virou caco, restou pó. Nem santidade, nem insanidade. Nem choro, nem risos. Nem samba, nem rock. Nem paz, nem guerra. Apenas minha bipolaridade interna. Indiferente. Um tanto incomodada por ser verso triste, mas para a época do ano, em cacos e maquiada, exalo minha indiferença. É assim que me desfaço.

2012 está consumado.

3 comentários:

Cinthia Paiva disse...

aaaaaamiga!!!!!!!!!!!!

Tati Tosta disse...

Intenso.... Muito bem escrito como praticamente tudo o que você compõe.

Mari Mari disse...

Post sensacional. Como uma igualmente crítica à falsa esperança esbanjada no final de ano, preciso concordar em gênero, número e grau com cada frase que você escreveu.