terça-feira, 10 de maio de 2011

Algum remédio que me dê alegria


Engoli muitas palavras durante a vida, e elas não fizeram digestão.
Acredito que tenho um livro na barriga. Um ou mais.
Às vezes crio textos, poesias, refrão... Mostro o mel e o veneno.
Tenho biografias guardadas em mim. Tenho romance, drama, cartas, enfim... Tem de tudo!
Quando fico nervosa, quero vomitar.  Palavras no papel é arte, no estomago é azia.
Escrever é minha terapia, e é assim que me encontro.
Já escrevi por rimar, confesso. É sempre uma fuga para estrofe perfeita.
Mas quando escrevo a verdade, ela não é bondosa.
Não passa de um vômito de palavras guardadas e nem precisa comer sopa de letrinhas.
Ninguém precisa ler pra eu continuar escrevendo. Faço por mim e faço sempre.
Vou rasgar as palavras depois de escritas, se quiser. Porque o que hoje encontra-se no papel, está em mim a muito, muito, muito tempo.  Os livros estão em mim, as cartas estão em mim, os poemas e canções, tudo está em mim. Vou juntar palavras. Seduzir com palavras. Protestar com palavras. Comover com palavras. Dizer eu te amo, com palavras. É isso que faço, é isso que sou.  

"Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia"
(Cazuza)

Helen Ariane.

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