sexta-feira, 1 de maio de 2009

Morar com Papai do céu

Quatro estações são necessárias para que se possa passar adiante depois de uma perda. O primeiro tudo depois da morte é sempre o mais difícil: o primeiro aniversário, o primeiro natal, o primeiro réveillon, as primeiras férias... são as ocasiões mais doloridas. Mas o passar dos dias ameniza a dor e vai dando lugar a uma certa nostalgia, ao carinho da lembrança.Pensamos no instante da perda que nunca mais seremos capazes de sorrir, mas isso não é verdade. Depois de algumas auroras e alguns entardeceres, vamos descobrindo que a vida ainda está muito presente, que ainda somos capazes de nos alegrar com outras coisas, sem que isso diminua o amor e a saudade que sentimos de quem partiu. Aceitamos dificilmente a morte porque nos esquecemos com facilidade que nossa vida na terra é apenas uma passagem. E quando alguém parte, é como se acordássemos para essa realidade: somos eternos para a vida, mas não a terrena! Inconscientemente pensamos na nossa própria morte e na daqueles que ainda estão conosco.Mas... enquanto o sangue pulsar nas nossas veias, é a vida que pulsa e tudo o que podemos e devemos fazer é vivê-la. Alguém que amamos parte para sempre e isso é tremendamente doloroso. Essa pessoa é insubstituível ao nosso coração, já que cada pessoa é única em si no nosso viver e somos conscientes disso. Mas outros que amamos e que nos amam ainda estão por aqui e isso deve ser motivo de alegria e reconforto. Por esses, pelo menos, devemos nos reerguer, reagir, fazer um esforço. E para nós, para nosso bem. Deus nos consola; amigos, família nos consolam... só precisamos é aceitar as mãos estendidas. Quatro estações e um pouco de paciência... o sol vai brilhar novamente, a alegria vai de novo encher o coração e tudo vai voltar ao normal. É preciso acreditar nisso!

Leticia Thompson


Para que entendam, meu vovô foi morar com papai do céu!
No primeiro instante não acreditei, não derramei uma gota de lágrima, mas quando fui ao velório, vi que tudo aquilo era verdade. A dor da perda não descansou, nenhum minuto do meu dia... Quando olhei para meu velhinho, estava ele, com um semblante de feliz. Não era como qualquer outro 'corpo', era o meu vô. Como sempre, alegre. Homem fiél a Deus, homem de geração profética.
A dor da perda, ainda não descansou, está presente em minha vida e na vida da minha familia.

Nenhuma palavra irá mudar, apenas o tempo.
Felizes os que morrem no Senhor. Ele estava feliz, ele está feliz... isso me deixa feliz!
A dor da perda? Não descansa... Mas eu descanso no meu Deus.
"Eu sei em quem tenho crido"
Hé.

5 comentários:

Elaine Gaspareto disse...

Olá!
Poi então seu vovô está em excelente companhia, querida.
E sabe de uma coisa? Você tem um amigo ao lado de Deus. Meio que preparando um lugar para quando, daqui a muitos e muitos e muitos anos, você for encontrar a ambos, seu vovô e o Deus que o acolheu.
Beijos, menina.

Daniela disse...

Sinto muito! Fique bem. Bjs

(6) capreta disse...

Texto maravilhoso da Leticia Thompsom. Antes mesmo de terminar de ler, já mandei o link do teu post pra minha amiga dar uma olhada.
Nada melhor que ter fé e se apoiar no papai do céu nessas horas. Beijão Hélen :D

Jey disse...

Eu sei como é essa dor. Uma das pessoas que eu mais amava, meu bisavo, também partiu.
Olho pro céu e sinto ele. É uma maneira de eu me sentir proxima à ele.
Sinto muito.
♪ Nunca vamos dizer adeus.

Deize disse...

Sinto muito!
Sei como é perder alguém especial, daqui alguns dias se completaram 2 anos da perda do meu melhor amigo, posso dizer o que consola é saber que alguém como ele não deve estar em outro lugar se não com o Papai do Céu!
E também posso dizer com certeza, ele foi guardado no meu coração em um espaço todo dele e ele sempre estará comigo!